segunda-feira, 5 de março de 2012

POESIA: ESSAS PALAVRAS (ME DESCULPE) – by RCTR 2009



Não posso apaziguar a tua dor
Não consigo entender o teu rancor
Me desculpe essas palavras, por favor.
Retire dos teus lábios: drogas ilícitas, certos desaforos e vícios loucos
Retire dos teus atos: danos incertos e erros mundanos.
Retire da tua vida: sentimentos impróprios para um Ser Humano.
Não posso te abraçar e nem te acalmar diante das coisas levianas do teu ser
Não posso evitar os teus sofrimentos diante de toda a maldade da Humanidade.
Não posso evitar as tuas quedas, nem os teus baques, muito menos as rasteiras que as pessoas vão te dar: lição para você aprender a crescer.
Não posso viver a tua vida: Me entenda, eu observo você apenas sobreviver, pois cabe só a você o melhor caminho para vencer.
Me desculpe essas palavras, por favor.
Não posso retirar de você: toda a saudade que existe, persiste em seu olhar.
Não posso evitar todas as lágrimas que você ainda pode derramar
Não posso sufocar em você todo o ódio que você nem devia possuir
Não posso camuflar os teus defeitos, coisas suas, pois estão dentro de você
Não posso ir contra os teus desejos, os teus anseios, pois todos eles fazem parte de você
Não posso acabar com as lembranças boas ou ruins, me entenda...
Me desculpe essas palavras, por favor.
Não quero prejudicar o seu amor: pela vida, pelas coisas, enfim... pelas obras do criador.
Me desculpe, eu não posso fazer nada
Mas, nada é para derrotados e isso eu não sou:
O que posso, o que faço, seu abrigo, ombro-amigo, meu respeito, compreendo...
Eu te entendo, não rejeito, te aceito e não peço nada em troca
Sua vida é preciosa, jóia rara, coisa própria.
Me desculpe essas palavras, por favor.


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