Não implico, não replico, não desligo a tevê
Eu me viro, eu me movo, eu insinuo tudo para você
Qual o aviso?
Equilibro-me
Desconecto-me, tenho mais o que fazer
Eu projeto minhas palavras
Eu quero que tudo perca os sentidos
Eu quero ser um alvo no escuro
Ou no claro
Qual o aviso?
Está tudo embaralhado
É um absurdo
Todo o lixo...
O mundo não precisa disso
E a criação...
Nossa nação...
Nossos heróis estão no passado
Nada disso!
No Maranhão se encontra uma arte
Em prol de tudo isso
Veja bem...
“Poema Sujo” de “Ferreira Gullar”
Pulando diante de nossos olhos,
Para nos lembrar... Continua por aí...
Assim como a poesia, grande paixão de assustar
de uma tal Florbela Espanca a todos
Com versos surtidos de amor para dar.
Lya Luft vem passeando pela Veja
Trazendo notícias tão corriqueiras
Mostrando que ainda pode nos emocionar
Demonstrando poder com a pena, inteligência para falar.
Tive alegria fugaz de encontrar...
“Marina Colasanti” que escreveu divinamente “Eu sei, mas não devia”
E assuntar sobre sua amiga, uma moça intimista
Chamada Clarice Lispector
Que foi um dia levada por essa vida
Qual o aviso?
Saia do seu esconderijo
E vá ler um pouco
Descobrir seu povo
E rir... Ou quem sabe chorar
Adélia Prado...
Traz sempre em vários atos
Um pouco de DEUS para nós
É um fato e não é chato
Vá lendo bem devagar...
Vá ao site dela procurar:
Uma Fátima Irene Pinto
Poetisa, aos seus olhos vai se mostrar
E Josué Montelo, homem sincero
Em prosa e verso envolto em mistério
É o cara, não se retraia
Pois, João Mohana que intimida
E alucina trouxe para nós uma Bárbara que não é suicida
Porque quando jovens não agüentam
Estas vidas saem dela por covardia
É a sina...
Qual o aviso?
Eu improviso, porém...
Antes de acabar este breve relato, peço licença...
Quero falar de um homem clássico
Machado de Assis, com sua Capitu
Emociona até hoje a minha alma e me gera dúvidas
Será que ela traiu o marido, o tal Bentinho?
Cem anos depois... Muito tempo passou
E eu não obtive nenhuma resposta para esse mistério.
Todos os meus ídolos estão aí...
Só falta a menina...
Pisciana do rio...
Que se fez presente,
Bruna Beber trouxe Balé e Demônios
Na mala, para incomodar os tristonhos
E alegrar os contemporâneos
Seus versos cortantes mostram
Que vieram para ficar...
Ou para nos fazer pensar,
Trazem avisos
Já dei meu recado
Ninguém tem nada com isso
Leiam para ficar por dentro
Do Lixo ou luxo
Me lixo...
Qual o aviso?
Escrever é a melhor parte
Para se entender o que está...
No contexto do que é óbvio
Do que não se vê
Nas entrelinhas está todo o meu aviso
Entendestes o que eu te disse?
Ler e ficar consciente das coisas também é o melhor
Aviso...
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